Avaliação: ID.3 e ID.4 indicam bom futuro para VW

Modelos trazem autonomia generosa, desempenho empolgante e design futurista
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Não é segredo para ninguém que o futuro da Volkswagen é elétrico. A fabricante pretende deixar de vender veículos a combustão na Europa até 2035 e o grupo alemão já prometeu nada menos do que 70 lançamentos elétricos até o final desta década.

No Brasil, a ofensiva começa com a dupla ID.3 e ID.4. Recentemente, o Primeira Marcha teve a oportunidade de conhecê-los, mas nosso primeiro contato havia sido apenas estático. Agora chegou a vez de dirigi-los.

É verdade que a experiência foi bastante breve, limitando-se a uma volta no quarteirão do Jockey Club de São Paulo. Mesmo assim, nós conseguimos experimentar algumas das principais tecnologias dos modelos que vão abrir a porta para a era da eletrificação total na VW do Brasil.

Mesma potência, mais autonomia no ID.3

ID.3 (esq.) e ID.4 abrem linha de elétricos da Volkswagen no país

ID.3 e ID.4 adotam um motor elétrico de 150 kW, que entrega 204 cv e 31,6 kgfm de torque instantâneo. A autonomia é de 426 quilômetros no hatch e 522 quilômetros no SUV, ambos segundo o ciclo europeu WLTP. A diferença existe por conta das baterias utilizadas, que são de 58 kWh no ID.3 e 77 kWh no caso do ID.4.

Em contrapartida, o peso é maior no ID.4, que tem 2.109 kg contra 1.794 kg do ID.3. Isso se traduz em uma aceleração de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos, contra 7,3 segundos do hatch. O ID.3, inclusive, atrai bem mais os entusiastas de uma tocada mais esportiva do que o ID.4, nitidamente concebido para as famílias.

O DNA da Volkswagen está presente nos dois modelos por meio de características como a ótima estabilidade nas curvas e a suspensão mais dura. E falando nela, o ID.3 traz uma calibragem mais firme, sendo que os ocupantes sentem isso na prática ao passar por pisos acidentados, algo que não ocorre com tanta intensidade no SUV.

Estilo mostra futuro da marca

O design exibe elementos bem futuristas. Alguns elementos estão presentes na gama atual de produtos da VW, como o filete de LEDs que percorre toda a grade frontal – detalhe este que o Taos “se apossou”.

Alguns detalhes indicam como serão os próximos lançamentos da marca. Os faróis são mais afilados e as largas colunas “C” (característica marcante de ícones da marca, como o Golf) chamam bastante atenção.

As formas mais parrudas do ID.4 fazem com que ele pareça maior do que realmente é. São 4,58 metros de comprimento, 1,85 metro de largura e 1,63 metro de altura, resultando em um porte ligeiramente superior ao do Taos.

No ID.3, o estilo até lembra um pouco o de um monovolume. Entretanto, a fonte de inspiração é bem conhecida: não há como não lembrar do Golf, que na Europa está em sua oitava geração.

Surpreende nos dois modelos a generosa distância entre eixos de 2,77 metros. Sorte de quem viaja no banco de trás, onde espaço para as pernas não falta até para ocupantes mais altos. O porta-malas do ID.4 comporta 543 litros, superando com folga os já generosos 498 litros do Taos. No ID.3, o volume declarado é de 385 litros, número igualmente elogiável para um hatch.

E os preços?

A VW não deu qualquer pista sobre os preços de ID.3 e ID.4 – e nem confirmou oficialmente a venda dos carros no Brasil. Entretanto, dada a escalada absurda de valores dos veículos no Brasil, é provável que o ID.3 bata na casa dos R$ 300 mil, enquanto o ID.4 se posicione próximo aos R$ 400 mil.

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