Segundo segmento mais importante em vendas (na Europa, é o primeiro), o dos médios compactos apresenta acomodação em sua participação no mercado brasileiro, por volta de pouco menos de 10%. Nessa faixa está a menor defasagem tecnológica em relação ao que se oferece nos países de alto poder aquisitivo. Segmentações superiores são 100% dominadas por importados.
Há outra diferença em relação aos europeus. Lá, preferem quase exclusivamente os hatches. Aqui os sedãs subiram rapidamente na preferência. Nos últimos quatro anos passaram de 38% para 50% das vendas, com tendência a subir. E a concorrência é bastante acirrada entre 10 modelos. Mais recente é o Citroën C4 Lounge, sucessor do Pallas, que chega seis anos depois. Em geral as gerações se sucedem a cada sete anos ou se antecipam, quando há perda de interesse dos compradores. Versão hatch do C4 ficou para final de 2014, a fim de alinhá-lo ao modelo francês. Produzido em El Palomar, Argentina, na mesma linha do Peugeot 408, o C4 Lounge encolheu 16 cm no comprimento, porém ficou 2 cm mais largo e manteve a ótima distância entre eixos de 2,71 m. Embora o volume do porta-malas tenha diminuído em 12% para 450 litros, o espaço interno se destaca. Exigência do mercado chinês, onde já está à venda (aqui a partir de 23 de setembro), o encosto do banco traseiro tem 29 graus de inclinação (3° a mais). Elevou o nível de conforto, nitidamente sentido quando se viaja em distâncias maiores, como na região de Mendoza, no país vizinho, onde foi o lançamento. Aspecto geral do sedã melhorou bem e, interessante, parece menor que as suas dimensões externas indicam, uma tendência estilística. Há vincos discretos na carroceria e cuidados como redesenhar o spoiler dianteiro para evitar raspar em desníveis. Painel com plástico macio foi uma das apostas da marca para melhorar a qualidade percebida pelo cliente, algo que os fabricantes têm dado prioridade, em especial acima de R$ 60.000. Versão de topo Exclusive vem com tela multimídia (não tátil) de 7 pol., navegador GPS, sensor de ponto cego (exclusividade entre modelos produzidos no Mercosul), câmera traseira e quadro de instrumentos personalizável. Nas laterais de portas, ainda de plástico duro, mas de boa textura, região dos puxadores é revestida. Atrás, além do ótimo espaço para cabeça e pernas, é possível encaixar os pés sob os bancos dianteiros, mas o debrum raspa nos sapatos. Além do motor tradicional flex de 4 cilindros, 2-litros, bloco de alumínio, 151 cv (etanol), está disponível na opção mais cara o instigante 1,6-litro turbo de 165 cv e 24,5 kgf∙m a apenas 1.400 rpm, torque mantido até 4.000 rpm. Nova caixa de câmbio automática (mais de dois terços das vendas) agora tem seis marchas e comportamento exemplar, melhor ainda no modo esportivo. Silêncio de rodagem é um dos destaques do carro, ajudado pelo uso do para-brisa acústico (ainda sem a desejável faixa degradê) e capricho nas guarnições de borracha das portas. Trabalho benfeito nas suspensões resultou boa firmeza, sem descuidar da filtragem de vibrações e ruídos. Preços vão de R$ 59.990 a R$ 81.290, em três possibilidades de acabamento: Origine, Tendance e Exclusive. RODA VIVA MUDANÇA de planos da Nissan. Monovolume Note não será mais produzido no Brasil e sim importado do México. Esta subsidiária perderá exportações do March/Versa em 2014 e deve ter reclamado. Em Resende (RJ), início de produção do March certo para janeiro, versão básica em junho e sedã Versa, em setembro. Vendas sempre dois meses depois. TURMA que comparava preços dos carros brasileiros aos do exterior de repente ficou muda. Dólar em R$ 2,40 e euro a R$ 3,20, farra acabou. Em relação à Europa preços nominais estão alinhados em reais, ou melhor, mais baratos aqui, ao descontar a carga fiscal. Não é para comemorar, pois custos aqui continuam nos píncaros. Apenas lamentar tanta tolice dita e escrita. FOX BlueMotion entrega o esperado em economia de combustível, no uso dia a dia. Motor de 1 litro, de inéditos 3 cilindros (entre os produzidos aqui) e potência de 80 cv economiza em média 15% em cidade/estrada (etanol), se comparado ao de 4 cilindros. Mesmo com relações de câmbio longas, não é lento demais em estrada e boa surpresa ao abastecer. SEGUNDO a 3M, que lançou no mundo primeiras películas para vidros de veículos há mais de 15 anos, diminuição da temperatura do habitáculo nada tem a ver com cor escura. Há necessidade de um filme específico, mais caro e este pode ser todo transparente. No mercado, quanto mais escuro melhor, em desacordo com a lei e o bom senso. ALEMANHA tem várias empresas independentes, famosas no mundo, voltadas a melhorar desempenho e aparência de automóveis comuns e até mesmo de carros esporte. No início focadas apenas nos modelos alemães, dedicam-se também a outras marcas. Uma delas, Arden, é especialista em veículos ingleses Bentley, Jaguar, Mini e Range Rover (a conferir em www.arden.de).
Coluna Alta Roda – Busca de qualidade percebida
- Henrique Rodriguez
- 23/08/2013
- 02:33
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no whatsapp
Comentários
Mais Lidas
Basalt será lançado com motor turbo no segundo semestre de...