Kardian é o melhor Renault da década

Novo SUV tem design, desempenho e conteúdo para incomodar Pulse e Nivus
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Kardian estreia plataforma modular CMF-B no Brasil

“A mudança que muda tudo” foi o slogan repetido à exaustão pelos executivos da Renault durante o lançamento do Kardian. Por trás do discurso de marketing está a pretensiosa meta de levar a marca a um novo patamar.

Foi por isso que a Renault não poupou esforços no projeto do SUV. Ele é o primeiro projeto feito sobre a nova (e moderna) plataforma modular CMF-B, que será aproveitada nos futuros lançamentos da aliança Renault-Nissan no Brasil.

Inédito também é o trem de força, formado pelo motor 1.0 turboflex de três cilindros em linha, que entrega até 125 cv e 22,4 kgfm, e a transmissão automatizada de seis marchas com dupla embreagem banhada a óleo. O conjunto também equipará os próximos carros da Renault.

Com tantas novidades, o design também foge do padrão dos últimos modelos lançados pela Renault no Brasil. O Kardian traz a nova identidade visual global da marca, identificada pelo conjunto óptico dividido em duas seções e a reinterpretação do logotipo da Renault.

Kardian tem três versões e bom conteúdo

Versão mais completa do Kardian custa pouco mais de R$ 130 mil

O SUV estreia no país em três versões de acabamento: Evolution (R$ 112.790), Techno (R$ 122.990) e Première Edition (R$ 132.790) – esta última será substituída por uma inédita configuração após o lançamento do modelo.

Desde a versão de entrada Evolution, o Kardian sai de fábrica com 6 airbags. O modelo, aliás, é o primeiro Renault nacional a vir com o pacote de assistências à condução (conhecidas pela sigla ADAS), incluindo alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência e sensor de pontos cegos.

Na versão topo de linha, o Kardian ainda tem painel digital, central multimídia com tela tátil de oito polegadas e suporte a Android Auto e Apple CarPlay sem fios, bancos revestidos em couro sintético com detalhes na cor laranja, freio de estacionamento eletrônico, assistente de partida em rampas, alavanca de câmbio do tipo joystick, ar-condicionado digital, rodas de liga leve de 17 polegadas e carregador de celular por indução.

Como foi o primeiro contato com o Kardian

SUV da Renault é ágil nas acelerações

Nosso primeiro contato com o Kardian aconteceu nas estradas de Gramado, na região serrana do Rio Grande do Sul. Diferente de todos os projetos lançados pela Renault na última década, o modelo tem uma condução suave e até refinada.

A suspensão possui uma calibragem muito acertada para enfrentar a malha rodoviária brasileira, inclusive em trechos de terra batida. O isolamento acústico na cabine é de boa qualidade e as vibrações características dos motores de três cilindros são mínimas na maioria das situações.

Motor 1.0 turbo estreia no Kardian

O conjunto motor-transmissão trabalha com muito entrosamento. As respostas são ágeis e o câmbio automatizado de dupla embreagem funciona suavemente, inclusive realizando as reduções de marcha nos momentos adequados. Já a direção elétrica é bem mais leve do que a caixa de direção do Duster, por exemplo.

O Kardian tem três modos de condução: My Sense (que podemos chamá-lo de “Normal”), Eco e Sport. Neste último, o pedal do acelerador tem respostas um pouco mais sensíveis e o grafismo do painel digital também muda. Independente do modo escolhido, o SUV embala sem dificuldades quando o motorista pisa um pouco mais fundo, embora não seja um primor em esportividade. Está mais do que adequado para um SUV e pronto.

Interior tem acabamento acima da média dos carros da Renault

A cabine tem acabamento muito superior ao que estávamos acostumados nos modelos Renault, embora ainda exista muito plástico duro. A variedade de texturas e cores, com direito a vários detalhes na cor laranja, dá um ar mais esmerado ao interior.

A posição do motorista é confortável, mas alguns comandos ficam um pouco distantes – a alavanca que ajusta a distância do banco é extremamente baixa e a regulagem de altura dos fachos dos faróis também fica baixa demais. O espaço interno é bom no banco de trás e o porta-malas de 358 litros é bem maior do que os 300 litros do Pulse.

Kardian tem condições de incomodar a concorrência

Pelo primeiro contato, o Kardian provou que pode incomodar bastante os seus rivais diretos Fiat Pulse e Volkswagen Nivus. E se isso realmente acontecer, a Renault pode dar o primeiro passo para realmente mudar toda a sua história no Brasil.

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