O Salão de Paris reforçou a lista de grandes eventos cancelados em 2020. O evento aconteceria entre os dias 1 e 11 de outubro na capital francesa.

A PFA, empresa responsável pela organização do evento, não culpou diretamente o Covid-19, embora afirme que a pandemia foi um dos fatores determinantes para a decisão. A justificativa oficial é a “crise sem precedentes enfrentada pela indústria automotiva”.

Diante disso, os organizadores afirmam que “não serão capazes de realizar o Salão de Paris em seu formato atual”. O comunicado original está aqui, se você quiser praticar seu francês.

Mesmo assim, os eventos de mobilidade que aconteceriam paralelamente ao Salão de Paris ainda estão mantidos. “Lançamos estes eventos antes da pandemia e nossa intenção é ajudar nossos parceiros a navegar nestes tempos de mudança. Por ora, o evento (Salão de Paris) como conhecemos está cancelado”, afirmou uma porta-voz ao site Autoblog.

Ano sem salão?

Nenhum grande salão aconteceu neste ano por causa do coronavírus. O Salão de Genebra foi cancelado às vésperas de sua abertura por determinação do governo suíço. O Salão de Detroit, que seria realizado em junho, também não será realizado.

Já os salões de Pequim e de Nova York foram adiados e correm risco de não serem realizados neste ano. E o Salão de São Paulo foi postergado para 2021, ainda sem data definida.

Hora de mudar

Além de ser mais uma baixa no calendário esvaziado de salões de automóvel neste ano, o cancelamento do Salão de Paris mostra que as fabricantes cansaram dos modelos tradicionais destes eventos.

Várias montadoras, inclusive, já haviam desistido de participar da feira em 2018. A lista de ausências teve Bentley, Mini, Opel, Volvo, Alfa Romeo, Fiat, Mazda, Mitsubishi, Nissan, Subaru, Ford e Jeep.

Nesta edição, a Lamborghini já havia pulado fora e o Grupo Volkswagen indicava que também não estaria em Paris.

Ou seja, isso mostra que não é só no Brasil que as montadoras desistiram do Salão do Automóvel. O esvaziamento das exposições é uma tendência mundial e não será revertida até que os organizadores tragam novas ideias.

Enquanto isso, eventos de tecnologia como a CES ganham importância cada vez maior na indústria automotiva. Estaria aí o caminho para a salvação dos salões do automóvel? Pode ser que sim.