Avaliação: novo Honda City evolui para cativar fãs do Civic

Sedã tem design mais refinado e novidades debaixo do capô
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Despedidas nunca são fáceis, e a Honda sabe disso. Nos próximos meses, a empresa vai encerrar a produção de dois de seus maiores ícones no Brasil: Civic e Fit. Azar da nova linha City, que estreia com a difícil missão de manter os fãs da dupla dinâmica dentro da marca japonesa.

Enquanto o hatch não estreia por aqui (o que acontecerá só em março), cabe ao City sedã a responsabilidade de ser o único sedã da Honda fabricado no Brasil.

O modelo está à venda em três versões (EX, EXL e Touring) apresenta uma evolução expressiva diante de seu antecessor. Uma nova motorização, design repaginado e mais tecnologia são algumas das armas apresentadas para brigar contra nomes como Chevrolet Onix Plus, Fiat Cronos e Volkswagen Virtus.

O Primeira Marcha realizou a avaliação do novo City na versão topo de linha Touring, cujo preço de lançamento anunciado pela Honda é de R$ 123.100 – caro até para a realidade do mercado com valores inflacionados. Para piorar, o sedã já é anunciado no site oficial da marca por R$ 127.700.

Design ganhou em sofisticação

Design não esconde inspiração na 10ª geração do Civic

O Civic pode estar saindo de cena, mas ainda houve tempo para servir de inspiração para o novo City. Isso fica claro na dianteira, que traz uma barra cromada acima dos faróis que se interliga com a grade frontal. O desenho dos faróis (que tem iluminação full LED) também lembra o conjunto óptico do Civic.

Nas laterais, destaque para as rodas de liga leve de 16 polegadas (presentes em todas as versões) e na posição dos espelhos retrovisores, que agora são fixados na parte superior das portas dianteiras em vez de próximo às colunas “A”. Segundo a Honda, a solução proporciona um melhor campo de visão para o motorista.

A traseira tem lanternas com desenho mais afilado e refinado, enquanto a tampa do porta-malas ficou um pouco menos saliente do que antes. E já que falamos nele, a capacidade volumétrica é de 519 litros, pouco menos do que os 536 litros de seu antecessor.

Interior agrada pelo acabamento

Cabine tem acabamento de qualidade muito boa

A cabine também evoluiu consideravelmente. Os traços ficaram mais refinados e se aproximam dos modelos mais refinados da marca. Merece destaque o acabamento interno, que traz plásticos de boa qualidade. Curiosidade: segundo a Honda, os bancos dianteiros ficaram mais estreitos para acomodar melhor os passageiros.

A distância entre eixos foi mantida em 2,60 metros. Mesmo assim, o City tem espaço de sobra para os joelhos dos passageiros mais altos no banco de trás.

Todas as versões saem de fábrica com 6 airbags, destravamento das portas sem chave, partida do motor por botão e controles de estabilidade e de tração, enquanto as rodas de liga leve são de 16 polegadas nas três configurações.

Uma novidade bem-vinda (e um diferencial em sua categoria) é a oferta do Honda Sensing. Com isso, o City é o primeiro modelo nacional da Honda a sair de fábrica com o pacote de assistências de condução que já equipa CR-V e Accord.

Na versão mais cara, o City traz itens como alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, sistema de detecção de pedestres e ciclistas, assistente de permanência em faixa de rolagem e piloto automático adaptativo.

Desempenho melhora com ‘coração’ mais moderno

Motor 1.5 i-VTEC traz duplo comando de válvulas e injeção direta

Ainda não foi desta vez que o City ganhou motorização turbo. Mesmo assim, a avaliação do novo City mostrou uma melhoria em desempenho.

O motor 1.5 i-VTEC (que pertence a uma família inédita de propulsores, de acordo com a Honda) traz tecnologias como injeção direta de combustível e duplo comando de válvulas. São 126 cv com qualquer um dos combustíveis e torque máximo de 15,8 kgfm se abastecido com etanol.

Os números se traduzem em um comportamento muito mais ágil nas acelerações e retomadas, duas provas em que o City se mostrava um tanto preguiçoso.

Na avaliação do novo City, a transmissão do tipo CVT trabalhou de uma maneira mais silenciosa. É claro que, em algumas situações, ele ainda ‘grita’ um pouco mais do que deveria, mas no geral a melhoria é bem perceptível.

Vale a pena?

Sim, desde que você esteja procurando um sedã e não abra mão de andar em um Honda. Embora a versão Touring agrade pelo pacote Honda Sensing, existem opções mais interessantes – e principalmente mais baratas – no segmento em que o City está inserido.

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