A montadora que sofreu com mais força os impactos da crise foi a Pontiac, devido à decisão da General Motors de encerrar a produção de sua subsidiária. A Pontiac encerra suas atividades no próximo ano, com 84 anos de história e de muitos altos, como o GTO e o Firebird, e baixos, como o modelo Aztek. A Pontiac foi fundada em 1926 pela General Motors, o objetivo da GM com a marca era oferecer mais por menos, ou seja, modelos com motores de seis cilindros eram comercializados com preço de concorrentes de quatro cilindros. Na verdade antes de 1926 a Pontiac já existia, porém era uma fábrica de carruagens, fundada em 1893, que só passou a produzir carros sob a “tutela” da GM. Algum tempo depois a Pontiac iniciou a produção de modelos com oito cilindros em linha. O ponto forte desse motor era o custo, sendo mais barato que os concorrentes que utilizavam motores de oito cilindros em V, porém o motor em linha era mais pesado e desenvolvia potência inferior. Graças à introdução de uma transmissão automática em 1948 e ao surgimento da classe jovem com um nível de vida mais elevado as vendas da Pontiac começaram a aumentar. No começo dos anos 50 a Pontiac iniciava a introdução de uma nova geração de modelos, mais elegantes, que possuíam para-brisa em peça única. Em 1955 a Pontiac modificou novamente as suas linhas, mas a principal mudança estava sob o capô dos Pontiac, um novo motor V8 que gerava bons, para a época, 179 cavalos. No ano seguinte a marca mudou de presidente e de pensamento. Os produtos agora seriam esportivos, com maior comprimento e menor distância em relação ao solo. Em 1961 a Pontiac passava por uma nova reestruturação em seus modelos, mas tendo como objetivo a melhora da performance. Em 1964 O Pontiac GTO era lançado, talvez o carro mais famoso da Pontiac até hoje. Ele foi considerado o primeiro verdadeiro muscle car e iniciou uma febre por esse tipo de modelo. A Ford aproveitou isso e lançou nos anos seguintes o Mustang, que tinha estilo de muscle car, porém era menor, ficando conhecido como pony car. Outro modelo muito famoso da Pontiac que foi lançado naquela época foi o Firebird, que possui motores bastante potentes e firmava a Pontiac como montadora de esportivos. Com a recente onda de reviver carros do passado a Ford lançou o Mustang com estilo retro, o mesmo caminho foi seguido pela Chevrolet, com o Camaro, e pela Dodge, com o Challenger. Muitos aguardavam ansiosos por um novo Firebird, mas infelizmente, com o fim da Pontiac, isso não passou de um sonho. Em 1973 a Pontiac precisou parar com a produção de modelos potentes e beberrões devido à crise do petróleo. As linhas de montagens dos esportivos deram lugar à modelos menores e mais econômicos. Com isso se iniciou a perda de identidade da montadora. No fim dos anos 70 e início dos anos 80 foi lançado o primeiro Pontiac com tração frontal, o Phoenix. A partir disso o número de Pontiacs que saiam da fábrica com tração traseira começou a diminuir. Em 1982 a nova geração do Firebird marcou o regresso da marca ao mercado de carros de alto desempenho. Porém só em 1984, com o lançamento do Fiero, a Pontiac voltou a ter um bom volume de vendas, já que este oferecia bom desempenho e preço acessível. No fim dos anos 80 e início dos anos 90 o ABS e o airbag passaram a equipar de série os modelos da Pontiac. Nos anos 90 a identidade da Pontiac começou a ser perdida, principalmente por causa das plataformas compartilhadas entre várias marcas do grupo GM. Em 1997 foi lançada a nova geração do Grand Prix, que não teve uma recepção tão boa por parte do público. No ano de 2001 foi lançado um fracasso previsível, o Pontiac Aztek. Digo previsível por que, apenas olhando para este crossover é possível imaginar o sucesso que ele teria, ou melhor, a falta de sucesso. Em 2004 o GTO voltou a aparecer na gama Pontiac, porém era apenas uma adaptação do Holden Monaro. Em 2005 foi lançado o Solstice, um simpático roadster compacto que compartilhava plataforma com o Opel GT e o Saturn Sky. Atualmente, além do Solstice, a Pontiac tem em sua gama de produtos o compacto G3, o sedan grande G8, a família G6, composta pelo sedan, pelo coupé e pelo conversível. O coupé G5, menor que o G6, o crossover Torrent e o Vibe, uma mistura de hatch com minivan. Esperamos que, um dia, a Pontiac volte a produzir automóveis, e que esse dia não demore muito a chegar.
Especial-História da Pontiac
- Danimar Lazaretti
- 03/05/2009
- 15:30
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